A TV Amazonas tem um candidato ao governo e nesta quarta-feira mostrou isso de forma despudorada. Retirou do baú uma denúncia de 2019 contra o governador Wilson Lima, triangulou com o jornal “o Globo” e exibiu uma “reportagem”, que pelas regras do jogo eleitoral, não poderia ser veiculada a três dias da eleição, por beneficiar escancaradamente o candidato Eduardo Braga.
Para passar uma falsa isenção, a emissora do herdeiro de Phillip Daou, o Philipinho, cita sempre “o jornalista Lauro Jardim” como fonte em sua coluna no jornal “o Globo”. Uma “matéria” claramente plantada e com interesses nada republicanos.
A denúncia não é uma ficção. Existe e está sendo apurada. Mas é antiga, sem documentação que sustente alegações críveis em um tribunal, como também é antiga a informação, que precisa ser checada, apurada com critério jornalístico, de que o senador Eduardo Braga, ex-governador do Amazonas, deu um salto da suposta falência de suas empresas para pisar em iates de R$ 200 milhões e auferir um patrimônio incalculável durante seus dois governos’ (2002/2006), (2007/2010).
É a reta final da campanha, na qual o jornalismo, que se diz de verdade, chafurda na mesma lama que condena, na escandalosa tentativa de influenciar os eleitores e enfraquecer um dos candidatos.
É um crime de natureza eleitoral, que provavelmente não será apurado nem a empresa penalizada. Mas a TV Amazonas comete um terrível erro ao subestimar a inteligência do eleitor do Estado do Amazonas.
É possível um meio de comunicação apostar em um candidato. Mas é preciso ser leal, republicano no tratamento dos concorrentes. E, mais que isso: respeitar seus ouvintes, leitores ou telespectadores. A TV Amazonas não é leal, nem republicana. Seus interesses são comezinhos.
Fonte : Portal do Holanda