Nos últimos meses, o cancelamento de corridas no aplicativo Uber tem se tornado um problema muito constante para os usuários e passou a gerar punição para os motoristas do aplicativo.
A Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) acusa a empresa de banir da plataforma, mais de 15 mil motoristas do aplicativo, alegando excesso de cancelamentos nas corridas dos usuários.
“Na Uber, o cancelamento de viagens é um direito tanto do motorista quanto do usuário. Porém, o abuso desse recurso configura mau uso da plataforma, pois prejudica intencionalmente o seu funcionamento”, diz a mensagem que os motoristas punidos recebem do aplicativo.
“Foi uma exclusão sumária, o que deixou os motoristas em situação complicada. Nos termos de uso da plataforma, não há proibição à prática do cancelamento”, afirma o presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza.
A queixa principal dos motoristas em relação ao banimento da plataforma, é que eles não foram avisados que haveria um limite para cancelamentos. “Se eu tivesse recebido uma mensagem antes, teria parado de cancelar porque dependo disso para sustentar minha filha de 5 meses. A gente não teve uma chance de defesa”, disse um motorista identificado como Francisco Peixoto Neto, de 33 anos.
A associação justifica que com a alta de cerca de 25% nos combustíveis, 25% da frota de São Paulo desistiu de trabalhar como motorista. Ainda não há um levantamento que cubra a situação de todo o território brasileiro.