
Uma cena inusitada foi presenciada por moradores do município de Eirunepé, no interior do Amazonas ontem (28).
Dois vândalos, confessos, que há alguns dias arrancaram árvores e depredaram a praça central da cidade foram acompanhados por dois policiais armados e fizeram a reforma do local sob olhares da população.
Segundo o prefeito de Eirunepé, Raylan Barroso (DEM), a ação foi pedagógica a fim de evitar problemas semelhantes no futuro.
Seria bom se virasse moda…
Crime
O patrimônio público consiste no “conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico, pertencentes aos entes da administração pública direta e indireta”, segundo a Lei 4.717/65.
É crime destruir e depredar praças, estátuas, pontes, prédios públicos e demais construções históricas. Está previsto no artigo 163 do Código Penal e pode culminar em pena de um a seis meses de detenção além de multa.
Manaus ainda sofre
Manaus também tem sofrido com esse crime. É comum ver prédios pichados, praças depredadas e recentemente uma facção criminosa ateou fogo em diversos espaços públicos, entre eles a Bola das Letras.
Na ocasião, o prefeito David Almeida (Avante), afirmou que haviam dois guardas municipais no local, mas que nada puderam fazer porque estavam desarmados.
O episódio, inclusive, culminou na aprovação de um Projeto de Lei na Assembleia do Amazonas (Aleam), a pedido do prefeito, que permite o armamento das guardas municipais dos municípios do Estado.
Tolerância zero
A verdade é que a única solução para esse problema é a política da “tolerância zero”, nos moldes do que foi implementada na cidade de Nova York, nos EUA.
Nos anos 1980 e 1990, os índices de violência alcançaram patamares alarmantes na cidade norte-americana. Para superar o que foi caracterizado como “epidemia de crimes”, o prefeito à época, Rudolph Giuliani, aumentou o policiamento ostensivo nas ruas e as punições a contravenções e crimes menores, que culminou na diminuição de 61% dos assassinatos e 44% nos crimes em geral.
“Janelas Quebradas”
O conceito que deu origem ao modelo de segurança pública tolerância zero foi a teoria das Janelas Quebradas.
O argumento dos autores considera um prédio com algumas janelas quebradas. Eles defendem que, se elas não forem reparadas, a tendência é que os vândalos quebrem mais algumas janelas. Eventualmente, o prédio pode até mesmo ser invadido se estiver desocupado, como efeito do aspecto de depredação.
Autoridade e ordem
Os autores usaram esse estudo para explicar que a criminalidade pode aos poucos se infiltrar em uma comunidade, provocando sua decadência e destruição.
Se uma janela quebrada não for imediatamente consertada, as pessoas que passam pela rua podem pensar que ninguém se importa com o local e, portanto, não há um responsável ou autoridade para manter a ordem.
A premissa das janelas quebradas é: “Pequenas desordens levariam a grandes desordens e, mais tarde, ao crime”.
Menezes rechaça Romero
Após circular nas redes sociais uma montagem com coronel Menezes, Romero Reis e Jair Bolsonaro lado a lado, o militar rechaçou a possibilidade de aproximação e afirmou, nos stories do Instagram, que a bandeira dele jamais será vermelha.
Em busca de união
Se Menezes saiu para o ataque, Romero preferiu levantar a bandeira branca. Também nas redes sociais, ele respondeu a um seguidor que não tem interesse de disputar o Senado – cargo que Menezes é pré-candidato – porque, nas palavras dele: “Senador tem um bom nome na disputa. Acredito que agrego mais como governador ou deputado”.
Para outro seguidor, Romero afirmou que pensa em uma aliança com Chico Preto e que ele é uma das pessoas boas da direita.
O empresário, que recentemente se desfilou do Novo, tem buscado unir os direitistas do Estado para as eleições do ano que vem.