As agressões verbais sofridas por um garoto autista num condomínio em Manaus, cujo vídeo viralizou nas redes sociais, foram criticadas pela defensora das pessoas com deficiência (PcDs), Viviane Lima.
“O Amazonas, o Brasil e o mundo não estão preparados para acolher pessoas autistas, principalmente se elas forem crianças”, lamentou Viviane, que é candidata a deputada federal pelo Amazonas.
Em um vídeo postado nas redes sociais, Viviane disse que está ajudando o garoto que sofreu as agressões, bem como à sua família, a superar as agressões que deixam marcas para toda a vida. “As pessoas autistas, principalmente as crianças, são muito sensíveis a esse tipo de agressão, com palavrões e xingamentos. São marcas que ficam para toda a vida”, afirmou Viviane.
O caso ao qual Viviane se refere aconteceu nesta semana, no condomínio River Park, na av. Torquato Tapajós, em Manaus. Dois garotos brincavam na quadra de esportes do condomínio, quando aconteceu um desentendimento.
Um dos meninos chamou os pais, que foram à quadra e começaram a xingar e ameaçar o outro garoto, que é autista. Mesmo informados sobre a condição do menino, os pais, visivelmente alterados, ofenderam o garoto autista, que ficou acuado e sem reação.
O ataque de fúria dos pais foi filmado por outro morador, que inconformado com a brutalidade dos vizinhos, publicou o vídeo na Internet.
Veja o vídeo.
Denúncia de maus tratos contra a Hapvida
Viviane Lima, que preside o Instituto Social Que a Inclusão Vire Rotina, que oferece atendimento gratuito a pessoas com necessidades especiais, destacou também o caso de uma mulher, que possui síndrome de rett, uma doença genética extremamente rara que afeta a fala e a coordenação.
Viviane revelou o descaso e o mau atendimento sofrido pela mulher que possui plano de saúde da Hapvida. “O que a Hapvida está fazendo com essa mulher é desumano!”, afirma Viviane, que recebeu a denúncia encaminha pela família.
“Essa mulher está internada há mais de 25 dias, esperando uma cirurgia de apêndice. Todos sabem que esse tipo de cirurgia é de emergência. A situação dela é critica e pode levar à morte!”, denunciou Viviane.
Por causa do longo período de internação, a mulher pegou pneumonia, o que complicou ainda mais a situação da paciente. Sem saber como cuidar de pessoas com necessidades especiais, a Hapvida quer transferir a mulher para um hospital na cidade de Fortaleza.
“Isso é inadmissível! Estamos disponibilizando advogados para ajudar essa família. A Hapvida deve estar preparada para receber seus pacientes, inclusive aqueles com algum tipo de deficiência”, criticou Viviane.
“Isso não vai ficar assim! Essa mulher está sofrendo maus tratos dentro do hospital. Ela está toda roxa e precisa urgente da cirurgia de apêndice. Estamos denunciando o caso ao Ministério Público”, afirmou Viviane.