O candidato a vice-prefeito de Manaus na chapa de Amazonino Mendes, deputado estadual Wilker Barreto (PODEMOS), destacou a importância cultural e econômica da comunidade indígena para o desenvolvimento da cidade de Manaus. Em encontro com lideranças, na última sexta-feira (16/10), Wilker disse que a gestão municipal será sensível à luta dos indígenas e destacou a importância do incentivo da produção dessas comunidades para a economia de Manaus.
Lideranças das comunidades indígenas Dois Irmãos, Mãe Inaura, Estrela de Davi e Monte Horebe pediram dos candidatos da Coligação Juntos Podemos Mais que, se eleitos, tenham um olhar atento aos problemas que enfrentam e ajudem a preservar o trabalho indígena na economia local. Os pedidos estão em sintonia com o compromisso firmado pelos candidatos no Plano de Governo registrado na Justiça Eleitoral.
O Plano de Governo de Amazonino e Wilker prevê o estímulo à geração de trabalho e renda para os povos indígenas, em especial nos segmentos de artesanato, agricultura, pesca e piscicultura, respeitando o conhecimento tradicional. Amazonino considera que os indígenas precisam ser respeitados e ter seu espaço garantido na economia do município.
Wilker disse que o incentivo à produção indígena é fundamental para a economia do município e para o sustento das comunidades. “Quero dizer que a nossa gestão será sensível a vocês e iremos construir uma pauta de políticas públicas para preservar a cultura e possibilitar aos indígenas a produção, venda e o trabalho para o seu próprio sustento”, afirmou.
O cacique Agenor, da etnia Kokama, ressaltou que os indígenas precisam ter a sua produção valorizada e disponibilizada de maneira útil para a sociedade. “O índio vive de agricultura e do artesanato. Não queremos viver na base da cesta básica. Queremos ser tratados de maneira digna. Já fomos muito maltratados e queremos essa atenção na gestão”, afirmou. A cacique Bia Kokama propôs a criação da Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas e de uma escola indígena.
Wilker Barreto lembrou que apresentou emenda ao Projeto de Lei nº 733/2019, que dispõe sobre a gestão de florestas situadas em áreas de domínio do Estado para produção sustentável. Com a propositura, aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa, o governo terá que realizar consulta prévia aos povos indígenas e comunidades tradicionais que habitam estas unidades de conservação, antes da apropriação pelo Executivo. “Evitei que o governo pudesse sair desapropriando as áreas, sem uma consulta aos indígenas”, explicou Barreto.