O governador Wilson Lima assegura que o Estado está com o planejamento adequado para iniciar o plano de vacinação contra a Covid-19. A declaração foi feita durante entrevista em emissoras de comunicação local, onde ele afirmou que será disponibilizado pelo Governo Federal, no primeiro momento, um total de 1,1 milhão de doses para o Amazonas. O Estado já possui cerca de 440 mil seringas agulhadas, em estoque, e devem chegar, até o dia 25/01, mais 1,5 milhão de unidades de seringas.
“A previsão do Ministério da Saúde é que haja uma compra de 350 milhões de doses para o ano de 2021 e a cota para o Estado do Amazonas, desse total, para o ano de 2021 deve ser de um 1,1 milhão, ou seja, um quarto da população do Amazonas deverá ser vacinada. O Governo do Amazonas está preparado para a vacinação. Nós temos 440 mil seringas agulhadas em estoque, e até o dia 25 vamos receber mais 1,5 milhão de seringas. Já estamos com nossa rede de frios preparada, já comunicamos às prefeituras para que preparem as salas de vacinação e o Estado do Amazonas já tem uma experiência na distribuição de vacinas, porque nós fazemos isso todos os anos, com a vacinação contra gripe, H1N1, tetravalente, enfim, outras campanhas de vacinação”, destacou o governador.
Wilson Lima enfatizou que irá conceder apoio à Prefeitura de Manaus na execução da vacinação, cedendo estruturas e espaços para a mobilização. “Em princípio, a responsabilidade de executar a vacinação é das prefeituras, mas especificamente no caso de Manaus, vamos dar apoio, montando tendas e cedendo a estrutura, como por exemplo a do nosso Sambódromo, onde as pessoas poderão fazer a vacinação dentro do carro, montando um drive-thru para que isso aconteça sem aglomerações”.
Prioridade – O governador ressaltou que a prioridade ao Estado foi um pleito solicitado junto ao Ministro da Saúde, tendo em vista os desafios logísticos da região. Nessa quarta-feira (13/01), o ministro comentou que o Estado é prioridade nesse momento no Brasil. O governador esclareceu que a quantidade de dose a ser destinada depende da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
“O apelo que eu fiz ao ministro da Saúde foi que o Amazonas tivesse prioridade no sentido de receber a maior quantidade possível de doses para que não tivéssemos que ir a um município distante, duas vezes, porque isso demanda um custo muito alto e nem sempre conseguimos chegar de avião. O meu pleito foi para que viesse logo toda a primeira dose para as pessoas do grupo de risco daquele município ou daquela região, levando em consideração a distância, contudo não temos números precisos de quantas doses vamos receber nesse primeiro momento. Isso vai depender muito da quantidade das liberações que forem feitas pela Anvisa, da vacina que tá vindo da Índia e também a do Instituto Butantan, para que possamos ter esse dimensionamento de quantas doses vamos receber”.
Oxigênio – O governador Wilson Lima ressaltou que vem trabalhando para não faltar oxigênio na rede estadual de saúde.
“Nós estamos trabalhando para que isso não aconteça. No planejamento que nós fizemos, é que não falte oxigênio. Estamos trabalhando praticamente 24 horas tratando exatamente sobre essa questão do oxigênio. Essa tem sido a nossa prioridade para que a gente possa seguir com esse nosso Plano de Contingenciamento, de atendimento às pessoas”.
Nas primeiras horas desta quarta-feira (13/01), o governador acompanhou a chegada da primeira remessa de isotanques de oxigênio, na Base Aérea de Manaus, para abastecer a rede estadual de saúde. Os insumos estão sendo transportados, ao longo dessa semana, pela Força Área Brasileira (FAB), da cidade de Guarulhos (SP) para a capital, e devem totalizar 22 mil metros cúbicos de oxigênio.
O Governo do Amazonas recebeu, nessa terça-feira (12/01), uma carga com 200 cilindros de oxigênio. Ainda nesta semana serão enviados mais 300 cilindros. Esses 500 cilindros equivalem a 5 mil metros cúbicos. No total, somando o oxigênio transportado em isotanques e os cilindros, o Amazonas está recebendo 27 mil metros cúbicos do produto para abastecer a rede estadual de saúde. Na segunda-feira (11/01), uma remessa de 50 mil metros cúbicos desembarcou na capital amazonense por via fluvial vinda de Belém.
FOTO: Diego Peres/Secom