EDUCAÇÃO
De volta às atividades promovidas pelo Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR), do qual é coordenador, o ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), esteve frente a frente com mais de 500 integrantes da comunidade universitária, entre professores e alunos, para ministrar palestra sobre a inclusão de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento integra as ações programadas para o mês de abril, dedicado à sensibilização sobre o autismo, e foi realizado no auditório da Fametro-Zona Sul, no bairro da Cachoeirinha.
“Lutar pela inclusão é lutar contra toda forma de preconceito. E o Brasil sem preconceitos é um Brasil que pode avançar e consolidar um regime de liberdade e de oportunidades para todos”, defendeu Arthur. “Esse tema é importante, exigente, comovente e é a luta para incluir, nas coisas boas da sociedade, todos os brasileiros. Isso significaria que nós poderíamos bater no peito e dizer que vivemos numa verdadeira democracia”, completou.
Segundo a reitora da Fametro, Maria do Carmo Seffair, uma das missões do Núcleo de Educação Política e Renovação do CPJUR é, justamente, envolver a comunidade universitária em debates que possam promover mudanças reais na sociedade.
“Queremos abrir portas, abrir espaços para que as pessoas possam, dentro do ambiente universitário, ter pleno desenvolvimento. E falar de educação política é falar da defesa dos direitos dos cidadãos, é capacitá-los para que assumam papel participativo nas mudanças de sua cidade, seu Estado e seu país”, afirmou a reitora.
Entre os demais palestrantes, estava a professora de Direito da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Thaís Fernandes, que também foi a primeira gestora do Eamaar. Ela fez questão de referendar o trabalho feito pelo ex-prefeito Arthur Virgílio Neto voltado para a inclusão e sensibilização sobre o autismo em Manaus.
“Quando o prefeito Arthur começou sua gestão, em 2013, a primeira medida dele foi se aproximar de pessoas que estavam trabalhando na causa, ativistas, como é o meu caso. Ele me convidou para que eu pudesse trabalhar no Eamaar, que até então só existia no papel e ele colocou para funcionar. Lembro que, no primeiro dia de funcionamento do Espaço, a fila era muito grande e nós conseguimos atender no primeiro ano mais de 1.500 famílias. Então, ele deixa esse legado nessa área da inclusão da pessoa com autismo”, disse.
TEA – O Transtorno de Espectro Autista (TEA) agrega uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem e, ainda, por uma gama de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo que a realiza de forma repetitiva. De acordo com o relatório do CDC (Center of Diseases Control and Prevention – Centro de Controle de Doença e Prevenção, em Português), publicado no início de dezembro de 2021, a prevalência de autismo entre crianças de até oito anos é de 1 a cada 44. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o TEA atinge 1 em cada 160 crianças no mundo e estima-se que no Brasil existam 2 milhões de autistas.